NO FINAL DO ENTARDECER
Trovão que troveja longe...
No final desse entardecer
Que choro mais tristim, “minha vida”,
Ainda bem que tô pertim de vosmecê!
O Sol se esconde por detrás dos montes...
A Lua por trás do mormaço
Começa aparecer...
A cantoria dos passarim
Tá tão bunita, “minha vida”,
Parece mais uma oração pra se recolher!
Ainda dá tempo da gente
Buscar água lá fonte
Tamo cansado da roça
Mas o dia vai já escurecer...
Antes vou rachar lenha lá no quintal
Pru fogo do furgão tu acender.
É mior puxar o pavio das lamparina
Pra alumiar o caminho de vorta
Daqui a pouco a Lua vai desaparecer
Não é baum a gente vortar
Nessa escuridão
Faz medo um bicho nos morder!
O canto do caburé tu tá ouvindo?
É sinal que a curviana vai aparecer
Vamo fazer logo o de comer
Pra gente, mais cedo, se recolher...
Depois vamo juntar nossas rede
Pro mode quê
Essa frieza vai até amanhecer...
Teresina,
30/01/2014
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