NESSE MUNDO SEM
DEMOCRACIA
Todo dia é a
mesma rotina
Chega a noite,
amanhece o dia
Mas a vida é uma
oficina
Para aprimorar a
arte da sabedoria.
É a luta por
melhor espaço
É a luta por uma
moradia
O suor do nosso
cansaço
Pelo pão nosso de
cada dia.
Quem não tem
conhecimento
Padece num mundo
de agonia
Mesmo quem tem
todo um embasamento
Consegue aquilo
que não queria.
O progresso está
em crescimento
Como um nó
desatado da sangria
Ninguém mais ver
o firmamento
Nem um sorriso a
mais de alegria.
Arma- se mil ciladas
Nesse mundo sem
democracia
Ninguém entende
as multidões nas calçadas
Nem o porquê das
moedas na bacia.
Toda essa
ignorância
No passado já se
previa
Tudo mais é
arrogância
Quem se diz os
donos da alforria.
Quem não dança
conforme essa música
Serve de
escárnio, não tem muita valia...
Quem não age com essa
forma lúdica
Fica com o estereótipo
de rebeldia.
Aproveitam- se
dos ignorantes
Para arrancar o
couro sem anestesia
Esses também
acham- se importantes
Pelos seus votos
de covardia.
É ambição para
todo lado
De forma um tanto
doentia
Cada um no seu
quadrado
Num gesto mórbido
de cidadania.
Quem não rouba,
nunca fica rico
É o lema dessa
minoria
Sua caneta é um
maçarico
Para arrombar os
cofres da maioria.
Infelizmente faz
parte da nossa realidade
Desfazer- se dos
outros em tom de ironia
_ “Só eu tenho
capacidade”!
_ “Quem não é cobra,
não se cria”!
Se não comer na
mesma panelinha
Fica de barriga
vazia
Quem anda fora da
linha
Vira motivo para
idolatria.
Toda essa
indolência
É pelos hábitos
que se cria
Votando sem
consciência
Na mesma falange
que já existia.
Um país sem Educação
A ignorância faz
moradia
Por isso existe a
famosa corrupção
Do jeito que o
Sistema queria.
Não suportam a
tolerância
Por acharem- se a
oitava maravilha
Vai fazer uma
sindicância
Para ver o
tamanho do rombo que faz essa quadrilha!
Teresina, 13/02/014
AUTOR:
MANUEL DA CRUZ RODRIGUES
(O POETA LETRISTA DO PIAUÍ).