segunda-feira, 3 de abril de 2017

RETIRADO DO LIVRO DESCOBERTAS EM RABISCOS, DE MINHA AUTORIA.

PIAUIENSE NATO

Nascido no mato
Com dificuldade e mau trato,
Sendo a cama, uma esteira
E aos cuidados de uma parteira.

Numa casa de taipa,
O primeiro alimento, uma papa,
Pois o leite do peito não vinha.
Era só o que tinha.

Criado solto na relva seca e pouco capim.
Arisco como o guaxinim.
Destemido como a onça
E jeca de herança.

Tipicamente nordestino:
Caipira e sem destino.
Inserido na pobreza
Sem berço e sem nobreza.

Nem por isso deixo de ser um brasileiro nato!
Trabalhador e sensato.
Importante como os demais
E dono dos meus próprios ideais...   

MANUEL DA CRUZ RODRIGUES (MELOMARIANO)                             

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