SOU CRIANÇA
Não sei ler e nem escrever.
Vivo como um verdadeiro fugitivo.
De migalhas, eu sobrevivo...
De amor, sempre a perecer...
Muitos chamam- me de trombadinha, eu não consigo entender.
Muitos chamam- me de bandido mirim ou agressivo...
Outros afastam- se de mim por julgar- me, para a sociedade, nocivo.
À criminalidade, a minha vida caminha, mas tenho que sobreviver...
Sou criança, mas não tenho identidade,
Negaram- me desde o começo,
A cidadania diante à sociedade.
Não tenho escola, tão pouco, futuro.
Desta forma, amanheço e anoiteço
Como um adulto prematuro.
AUTOR: MANUEL DA CRUZ RODRIGUES (O POETA LETRISTA DO PIAUÍ)
TERESINA, 27/08/1998.
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