EL NIÑO
Olho
para o horizonte avermelhado
Não
vejo nenhum mormaço.
Meu
Deus! O que eu faço?!
Só
resta- nos uma fonte e um paiol quase esvaziado.
“Aquele
menino malvado”!
Não
deixou brotar nenhum cacho mesmo num pequeno espaço.
Secou
a água de rio acima, rio abaixo
Matando
de sede quase a metade do nosso gado.
Só
existe no momento fumaça nos geraes...
O
alimento para o restante dos animais
São
as cinzas que sobraram da seca pastagem.
Mais
uma vez ele, a nós, castigou...
Por
enquanto, nada mudou.
Toda
vez é assim, quando em sua passagem.
Autor: MANUEL DA CRUZ RODRIGUES (O POETA LETRISTA DO PIAUÍ)