terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AMAR- Poema do retirado do meu 5º Livro NOVAS TENTATIVAS- Poemas e Canções.





Amar?
Amar é bonito
É olhar para o infinito
E lógico, não ver o fim
Amar...
Amar é gostar de alguém
Em que mais ninguém
Possa te impedir
Amar é estar de corpo inteiro
Jamais um prisioneiro
Que tenta fugir
Amar é tão importante
Em que em nenhum instante
Te deixa vazio
É como o frio
Que existe calor
É assim, amor
Felicidade sempre perto
Muitas vezes, o errado, torna- se certo
O amor supera limites...
Não é um paiol de dinamites
Que qualquer instante possa explodir
Dançamos conforme à música
Não é uma fórmula lúdica
É pé no chão
Quem diz não
É porque nunca amou...

Manuel da Cruz Rodrigues (O POETA LETRISTA).
Teresina, 18/12/2010

sábado, 24 de dezembro de 2011

UM POEMA BEM NORDESTINO

ZÉ BARRAQUEIRO ( Poema retirado do meu 5º Livro NOVAS TENTATIVAS- Poemas e Canções )


Eu vou lhes contar uma história
Que vem lá do meu sertão
De um cabra valente
Que parecia Lampião
Tinha um tiro certeiro
Mais veloz era seu facão
Era o melhor vaqueiro
Daquela região
Tinha a fama de forrozeiro
Não ia pra festa dançar só
Avisava, logo, o sanfoneiro
Hoje, a latada, vai levantar pó
Também era biriteiro
A cachaça descia lisa pelo seu gogo
Muito raparigueiro
Mais enrolado do que cipó
Conheceu Mariazinha
Moça bonita e  prendada
Não sabia a coitadinha
Que tinha entrado numa roubada
O cabra era chifreiro
Se juntou, também, com sua cunhada
Ainda dava uma escapadinha
Só chegava de madrugada
O tempo, assim, foi passando
Nenhuma mulher agüentava
Esse cabra cheio de nó
Que queria ser o rei da cocada
Mas todo mundo sabe o fim
De cabra que não vale uma moeda furada
Em tudo queria ser o melhor
Terminou a vida sem nada.


MANUEL DA CRUZ RODRIGUES
Teresina, 06/12/2011


LAMPIÃO: Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, foi um grande cangaceiro do Nordeste. Assim, como existem os forasteiros justiceiros nos filmes de faroeste, existiam os cangaceiros no Nordeste do país no início do Século XX.
Lampião tornou-se cangaceiro para vingar a morte de seus pais praticada pelos policiais. Seus pais foram mortos na sua frente quando ele tinha apenas 8 anos de idade.
Por isso, seu grande objetivo era encontrar os assassinos de seus pais e lutar pelos direitos do povo injustiçado pelos grandes coronéis.

LATADA: Salão de dança no interior do Nordeste.




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LETRA DE MANUEL DA CRUZ RODRIGUES


LETRA DE MANUEL DA CRUZ RODRIGUES


FOTOS DA PRAÇA PEDRO II/ Centro/TERESINA/PI






PRÉDIO DO CENTRO ARTESANAL DE TERESINA/PI







FOTOS DE ALGUMAS PEÇAS DO ARTESANATO PIAUIENSE






ARTESANATO DO PIAUÍ


O Artesanato Piauiense é destaque tanto no contexto nacional como internacional. O nosso artesanato é mais diversificado, devido às variedades de  matérias-primas. A criatividade e habilidade dos nossos artesãos atestam o potencial e a qualidade do nosso povo. 
O exemplo, são os trabalhos feitos em cerâmica, as rendas de bilros, móveis feito com o talo da carnaúba, como também, as cestarias feitas da mesma matéria-prima, as esculturas em madeira, as tapeçarias que destacam as figuras rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara, dentre outros.

COMIDAS TÍPICAS DO PIAUÍ

A cozinha tradicional piauiense difere-se das demais do Nordeste em vários aspectos: - A larga utilização dos "cheiros verdes" (coentro e cebolinha verde), da cebolinha branca de Picos, da pimenta-de-cheiro e do corante natural extraído do urucum; - O uso muito intenso da farinha de mandioca (farinha branca e farinha d'água) para a confecção ou complementação de pratos. As farofas ou fritos, o pirão e a paçoca são alimentos indispensáveis na mesa dos piauienses. "Frito" é a mistura de farinha branca com carne frita de qualquer espécie, sobretudo a carne de porco e a carne seca cortada miúda. O frito pode ser feito, ainda, com ovos, torresmo, e famosos são os fritos de galinha caipira e de capote (galinha d'Angola) e de caças variadas; - O arroz é comumente usado com outras misturas: com carne seca de gado (Maria Izabel), com carne de criação, de galinha, de capote ou pato. O colorante de urucum é indispensável, bem corno os cheiros-verdes. No sul do Estado, usa-se colorir o arroz com açafrão. Na área sertaneja, é muito comum a mistura de arroz com feijão (Baião-de-Dois), ou ainda a mistura de feijão com milho, que deve ter toucinho, pé e orelha de porco. É o chamado "Pintado" ou "Mucunzá", e come-se de preferência com frito de porco; - O uso de carne com caldo (molho fino) é outra característica bem típica do costume alimentar dos piauienses. Um exemplo é a carne seca picadinha ou a carne fresca moída misturada com quiabo, jerimum, macaxeira e maxixe, temperada com muito "cheiro-verde", manteiga de garrafa e nata. Dependendo das misturas, recebe os nomes locais de "Quibêbe", "Picadinho", "Caldo de Carne" ou "Capiau; - Apesar da predominância das comidas sertanejas à base de carne, a cozinha piauiense dispõe de excelentes pratos à base de peixes e de frutos do mar. As frigideiras e as caldeiradas de camarão, as casquinhas de caranguejos, os mexidos de ostras e caranguejos, as peixadas ao leite de coco babaçu satisfazem os mais exigentes paladares. Piratinga, Mandubé, Matrincham e Branquinho são alguns dos peixes de primeira qualidade encontrados no rio Parnaíba; - A doçaria piauiense é a mais rica e diversificada do Nordeste. São famosos os doces e compotas de caju, de manga, de goiaba, de mangaba, de buriti, de bacuri, de groselha, de casca de laranja da terra e de tantas outras frutas. O doce de casca de limão azedo é o mais típico do Piauí; - É variada, ainda, a utilização da farinha de puba (mandioca) para o preparo de bolo caseiro e beiju, e a macaxeira pode ser servida cozinhada e assada no forno ou na brasa.

LENDAS DO PIAUÍ



Traços culturais do Estado do Piauí
16.12.2005
Bumba-meu-boi

Cultura popular conta a nossa história

Um Estado de riquezas singulares. Assim é o Piauí. Com uma natureza prodigiosa, cultura riquíssima e potencialidades exploradas e ainda a serem descobertas, o nosso Estado é um tesouro de valor indiscutível.
Na área cultural, temos o privilégio de contar com manifestações que vêm de todos os cantos do Estado. Do Bumba-Meu-Boi ao Reisado, do Cavalo Piancó ao Pagode de Amarante, tudo é beleza quando se fala nas apresentações artísticas mais típicas da nossa gente. O artesanato também é uma de nossas maiores fontes de riquezas.
O Bumba-meu-boi é o folguedo mais característico do Piauí, como de muitos Estados brasileiros. Hermilo Borba Filho, quando cita Pereira da Costa, é de opinião que este folguedo surgiu da colonização das terras do Piauí em fins do século XVIII, com as primeiras doações de sesmarias feitas pelo Governador do Pernambuco. A origem do Bumba-meu-boi seria, portanto, pernambucana, baseando-se na antiga modinha que diz:
O meu boi morreu
Que será do mim
Mando buscar outro maninha
Lá no Piauí

O certo é que o nosso Boi originou-se aqui mesmo no Nordeste, uma região colonizada através das fazendas de gado, onde o boi era o centro da sobrevivência local. E o Piauí é o estado onde esse relacionamento tornou-se mais íntimo. Daí a brincadeira do "Boi" estar revestida de tanta popularidade, de tanta pompa e colorido. O boi, para nós, não é apenas um animal importante como outro qualquer, mas está revestido de uma profunda significação mítica. Por outro lado, deve-se salientar que houve alguma ligação do nosso Bumba-meu-boi com outras brincadeiras relacionadas ao boi. Os insignes mestres folcloristas Rossini Tavares e Câmara Cascudo consideram, de curto modo, o caráter universal do bailado do Boi, estando o nosso relacionado, sobretudo, com algumas brincadeiras de boi originais da Franca e da Portugal.
O Bumba-meu-boi, entes de ser uma dança, é uma representação dramática, é uma farsa. Seu enredo expressa toda uma realidade sócio-econômica e seu conteúdo musical, rítmico, coreográfico e indumentário constitui a marca do encontro de culturas diversas, que aqui entre nós se completaram e se adaptaram ante uma realidade ecológica típica.
O Bumba-meu-boi conta a história da Catirina, mulher do Chico Vaqueiro, que, estando grávida, desejou comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Catirina induz o marido a matar o boi. Chico chega e ferir ou a matar o boi. A notícia se espalha e o fazendeiro dono do boi procura o autor do crime. Chico é acusado. Vários doutores são chamados para curar o boi. Depois de muitas peripécias, onde há julgamento e perdão, termina tudo com muita festa e danças, comemorando a cura do boi. Na maioria das brincadeiras o boi chega a morrer e a ressuscitar.
Existem em Teresina vários grupos de boi, que têm em toda a cidade a chance de mostrar seu valor. Mas é no Encontro Nacional de Folguedos, promovido pela Fundação Estadual de Cultura, que existe a maior visibilidade hoje para seus trabalhos. A festa acontece anualmente no mês de julho. Entre os grupos da capital estão o "Riso da Mocidade", o "Imperador da Ilha", o "Terror do Nordeste", "Estrela Dalva", entre outros.
Além do Boi, o Reisado é outra representação autêntica de nossa cultura popular. A dramatização folclórica é praticada principalmente em Amarante, Floriano, Teresina, mas também encontrada em outros municípios. A festa é comemorada entre 25 de dezembro e 6 de janeiro, que é o Dia de Reis propriamente dito. Quem trouxe essa festa para o Brasil foram os portugueses, que reproduziam os costumes dos grupos janeireiros. Eles saíam às ruas pedindo que lhes abrissem as portas e recebessem a boa nova do nascimento de Cristo e homenageando os três reis magos.
São participantes do Reisado os "caretas", a "burrinha", o "pião", o "cabeça de fogo", a "cigana", "jaraquá", "caipora", "casal de velhos", "ema", "arara", "piaba" e o "boi".
Lendas:
O Piauí é um Estado rico em cultura popular. Um dos pontos mais fortes são as lendas. A imaginação do povo faz perpetuar histórias cheias de personagens interessantes. O Cabeça de Cuia é a mais famosa delas. Conta a história de um pescador chamado Crispim, que depois de um dia inteiro sem ter conseguido pescar um único peixe, morto de fome, ao chegar em casa a única refeição que lá encontrara foi uma espécie de caldo feito com o osso “corredor do boi”, mas que não tinha carne e só o caldo do osso. Revoltado pela situação, Crispim pegou o osso e começou a espancar a sua própria mãe! Bateu tanto que sua mãe veio a falecer. Mas antes do suspiro final, ela olhando pra Crispim lhe jogou uma maldição, na qual ele se transformaria em um monstro e viveria nas profundezas do rio Poti. Conta a lenda que o Cabeça de Cuia costuma aparecer aos pescadores, lavadeiras e banhistas em noites de lua cheia. Sua enorme cabeça surge e desaparece na superfície das águas. O encanto só terá fim quando ele conseguir devorar sete Marias virgens!
A porca do dente de ouro
Diz a lenda que uma moça travara uma briga sem cabimento com sua mãe, dando-lhe uma bruta dentada. Desde então, vivia trancada no quarto, só via sua mãe que lhe levava a comida. À meia-noite transformavava-se em porca e saia pelos subúrbios assombrando as pessoas por ser provida de uma tromba crescida e coberta de uma coisa brilhosa de onde saía uma ponta saliente como se fosse um monstruoso dente de ouro.
Pé de Garrafa
Conta a lenda que dois amigos estavam caçando no mato e um deles, após se perder do outro, começa a chama-lo, aos gritos. Uma voz longe começa a responder e ao se aproximar ele vê com espanto que não era o seu amigo e sim um terrível animal parecendo um lobisomem. Espantado, o rapaz só teve tempo de subir na árvore e o animal ficou furioso rosnando embaixo. De manhã, só ficou o rastro do bicho, como se fosse um fundo de garrafa. Desde então todos os caçadores que se perdem dos companheiros não gritam chamando os colegas, temendo a aparição do Pé de Garrafa.

Barba Ruiva
Diz a lenda que ao sul do estado, uma jovem teve uma criança e como não queria que ninguém soubesse, resolveu jogar a criança recém-nascida numa cacimba. As águas da cacimba foram aumentando imediatamente até ocupar toda a várzea de carnaubais, formando uma imensa lagoa. A criança se encantou, não cresceu mais, tornou-se velha com longas barbas avermelhadas. Aparece nas margens da lagoa tomando banho e ao se aproximar alguém, joga-se nas águas, fazendo muito barulho. Na lagoa em certa época do ano, formam-se ondas furiosas e o povo diz que é o Barba Ruiva enraivecido com a mãe. O encanto só quebrará quando a lagoa crescer e ocupar todo o povoado próximo.

Num-Se-Pode
Conta a lenda que uma bela mulher que atraia a atenção dos homens por ser bastante bonita, encostada próximo aos lampiões nas antigas praças de Teresina, que ao se aproximar dela, de uma hora pra outra ele se esticava assustadoramente até alcançar o lampião lá no alto e assim ascender o seu cigarro. Assustados todos corriam o quanto mais rápido podia!

FOTOS DE TERESINA-PIAUÍ-BRASIL


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

POEMA PIAUIENSE NATO do Livro DESCOBERTAS EM RABISCOS- Poemas e Citações.

PIAUIENSE NATO
Autor- Manuel da Cruz Rodrigues
Data da Criação- São Paulo, 21/02/1997.
Este Poema foi retirado do meu 1º Livro, DESCOBERTAS EM RABISCOS-Poemas e Citações.

PIAUIENSE NATO

Nascido no mato
Com dificuldade e mal trato,
Sendo a cama, uma esteira
E aos cuidados de uma parteira.

Numa casa de taipa,
O primeiro alimento, uma papa,
Pois o leite do peito não vinha,
Era só o que tinha.

Criado solto na relva seca e sem capim
Arisco como o guaxinim
Destemido como a onça
E jeca de herança.

Tipicamente nordestino:
Caipira e sem destino,
Inserido na pobreza
Sem berço, sem nobreza.

Nem por isso, deixo de ser um brasileiro nato,
Trabalhador e sensato
Importante como os demais
E dono dos meus próprios ideais!


MANUEL DA CRUZ RODRIGUES


POEMA TRIBAL- Do Livro ENQUANTO HOUVER POESIA.

TRIBAL
Autor- Manuel da Cruz Rodrigues
Data da Criação- 12/05/1999
TERESINA- PIAUÍ
Este Poema foi retirado do meu 4º Livro, ENQUANTO HOUVER POESIA.




TRIBAL

Para vocês, filhos do mesmo Deus e nossos irmãos:
Feridas despercebidas e na marginal
Que povoam as ruas, as praças, as esquinas e tribal.
Pelas tantas desse Mundo do Capital:
“Os filhos do mundo e do caos social”.
Tão amargos e “castrados”...
“Obras do vil metal”.
“Painéis humanos”, desfigurados...
Vidas, sem vida, infecundas...
“Que pelas regras”, pagam o preço,
“Sempre vindas do mesmo endereço”.
“Feitas pelo o poder de certas mãos”.
Regras impostas, sem propostas e imundas...


MANUEL DA CRUZ RODRIGUES

SONETO

MEUS BALBUCIOS
Autor- Manuel da Cruz Rodrigues
Data da Criação- 30/04/1998
TERESINA- PIAUÍ
Soneto retirado do meu 2º Livro, NOVAS DESCOBERTAS.

MEUS BALBUCIOS

Não tenho o talento de Drummond e nem de Bandeira para escrever
Mas descobri na vida rotineira como é gostoso ler
Virou hábito em mim, balbuciar
Meras palavras como o meu pensar.

Eu posso das "alturas" descrever
O que muitas mentes não podem ver
"Coisa de sonhador", o que ouço falar
Mais um motivo para me auto-transportar

Se mais alguém ver, parece ocultar
Não dando o valor merecido
Àquilo que ver, sente e o que pode ser transmitido.

De certa forma é uma maneira de me expressar
Já que meu mundo é um tanto restrito
É só assim, que ecoa o meu grito!

MANUEL DA CRUZ RODRIGUES

POSTAGEM EM DESTAQUE

TOMA VERGONHA NA CARA - Melomariano Compositor ( Manuel da Cruz Rodrigues )